Ser um bom administrador e, ao mesmo tempo, liderar uma pequena, porém, exigente comunidade. É mais ou menos isso que se espera de um bom síndico. Também é condição fundamental que seja uma pessoa com muita paciência, apaziguador e que saiba administrar conflitos, já que esses surgem a toda hora, quase que diariamente.

Toda boa administração de condomínio deve prezar por essa harmonia e é esperado que todos sigam as regras previstas no estatuto, aprovado em assembleia, por maioria. Essas normas são as diretrizes máximas do condomínio e que deve ser aplicada pelo síndico e obedecida por todos os condôminos, sem exceção, mesmo que sejam contrárias a elas.

No entanto, isso não impede que os conflitos existam e essas normas podem, até mesmo, serem questionadas caso firam uma lei ou se forem omissa em relação a algum problema. Segundo especialistas, os pontos que mais costumam gerar conflitos são as áreas comuns. Há condomínios, por exemplo, que proíbem a circulação de bicicletas ou animais nesses locais.

Também são focos de desavenças as vagas de garagem estabelecidas por sorteio, horário de funcionamento de salões, academia, sauna, etc, que, mesmo estabelecidos em assembleias, causam brigas entre condôminos.

É nesse ponto que um síndico conciliador faz toda a diferença (para o bem), ao contrário de uma figura autoritária, ríspida, apegada demais às regras, que só tende a agravar os conflitos. Em muitos casos, uma boa conversa resolve mais do que a aplicação de multas ou até ações na Justiça.

O nome condomínio quer dizer “domínio comum”, ou administração conjunta. Em resumo, todos são proprietários, com os mesmos direitos e obrigações. O síndico é um apenas um administrador que, inclusive, não precisa, necessariamente, ser morador do local. Também não é dono de nada e não pode criar regras ou impor restrições de qualquer ordem, a não ser com o aval da maioria dos condôminos.

 

BOM SENSO

Já para quem vive em condomínio, respeitar regras básicas da boa convivência são imperativas. Um exemplo disso é respeitar a “lei do silêncio” que, ao contrário do que a maioria pensa, não vale somente para depois das 22h00. Não importa o horário, é fundamental ter bom senso, urbanidade e o respeito mútuo entre os vizinhos.

Tudo bem que, às vezes, em uma festinha, o volume do som seja um pouco mais alto. No entanto, escutar música a todo o volume, todos os dias e em quaisquer horários, viola os princípios de convivência social.

Não existe uma receita pronta, depende de cada caso, mas, certamente, a melhor medida em todas as situações é sempre o diálogo e o bom senso. E é aí que você vai querer ter um bom síndico em seu condomínio, pois pode ser a diferença entre uma vida tranquila ou o completo caos. E neste caso, todos perdem!